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O Terror no Japão

19-03-2010 14:24

 

 
Os filmes de terror japonês são muito conhecidos pelo mundo, principalmente seus remakes americanos, que muitas vezes nem sabemos que era um remake. Mas porque de tantos remakes, e será que vale a pena conferir o original nipônico?
O principal motivo deste post foi minha "decepção" com estes filmes que muitos alegam serem bem melhores que qualquer terror americano, mas a grande maioria se mostrou bastante fraco, "chato" seria a melhor definição, causando sonolência e desinteresse pela história, porém existe um motivo para que os filmes de terror japonês sejam bem vistos dentre os filmes do gênero horror.

Vejamos Ju-On por exemplo (O Grito), tanto o original quanto seu remake são repletos de diálogos monótonos, cenas sem nenhum som além da conversa, e não dizem nada sobre algo interessante quanto à história é realmente apenas uma conversa, que geralmente não te leva a pensar nada, ou concluir algo, até parece ser feito por pura enrolação, mas é uma forma de dar ao filme um aspecto mais "real", mostrar coisas do dia-a-dia dos personagens, mesmo que não gere valor algum para o desenvolver da história.
No caso de Ju-On, essa característica dos filmes japoneses favoreceu suas filmagens, tanto na utilização da câmera, quanto no ângulo das cenas e a falta quase completa de efeitos especiais, o resultado foi um filme bastante realista, o que com certeza causa mais medo do que gastar litros de sangue falso em uma morte tosca (típico do cinema dos EUA).

Outra característica destes filmes são a incrível qualidade das histórias, não sei se é por serem na sua maior parte baseadas em crenças e supertições reais da cultura oriental, ou simplesmente porque roteiristas japoneses são "Os Caras", mas é impressionante reparar a riqueza que estes roteiros possuem.
O melhor do filme japonês de terror é sem dúvida a sua história, o drama passado com os personagens, prova disso é Ringu (O Chamado), o mais aclamado e conhecido, já tendo gerado uma minissérie e histórias em quadrinhos; dentre os filmes de terror japonês, este é um (dos poucos) realmente bons de se ver, apesar de achar que a investigação foi mais bem feita em seu remake, Ringu não se perde em momentos chatos, a história consegue fluir e atrair o espectador.

Quando um remake é ruim, geralmente é porque abusou de efeitos especiais e alterou o roteiro original, um ótimo exemplo disso é One Missed Call (Uma Chamada Perdida), se tiver a oportunidade recomendo que veja o original e o remake; quando o diretor pretende fazer um típico filme com sustinhos e efeitos não vale a pena refilmar um terror japonês, que além da ótima história, também apresenta uma excelente direção.

O que falta no terror japonês acredito ser uma atuação mais voltada pra história do que para os próprios personagens, o que é encontrado no cinema ocidental, e como o que as produções hollywoodianas mais necessitam é de boas histórias, elas se fartam nas produções orientais, porém um remake ainda é apenas um remake, uma associação perfeita seria um filme americano com diretor e roteirista japoneses, acho que valeria arriscar, com certeza seria melhor do que assistir remakes arruinando grandes histórias, e grandes histórias perdidas em meio à cenas paradas.

"Faroeste nacional"

18-03-2010 21:17

 

 

Olá, leitores
Perdoem a demora para o post. Tive problemas de saúde e uma longa correria profissional. Por isso não farei um post, post.

Será uma curiosidade.


Durante os anos 50/60 foram feitos vários filmes a la western trazendo a temática nacional, principalmente do sertão.
Mas você acha que o faroeste é um gênero só americano?
Que nada! Em 1954, "Matar ou Correr" (paródia de 'Matar ou Morrer', 1952) é um desses. Com xerife, bandido e saloon. A chanchada, que foi um senhor sucesso da Atlântida reune dois gênios na sua melhor atuação juntos: Oscarito e Grande Otelo.




Vale muito procurar, baixar, alugar, comprar.
Pela piada bem feita.
E pela cena da batalha a la Chaves que é melhor que no filme original.

E tenho dito.

Signs

17-03-2010 11:39
O curta que ganhou oscar (The new tenants), ainda não chegou ao Brasil. Então, vou falar sobre o curta "Signs" (Vencedor do Cannes em 2009), outra dica de minha colega de twitter @GeliGirl.

O que falar sobre "SIGNS"?

Na verdade, em seu mérito, como é um curta sobre ausência de comunicação (falada), não vou falar nada e deixar você presenciar a grandeza desse maravilhoso curta com seus próprios olhos.
 


 

M - o vampiro de Dusseldorf

16-03-2010 22:22
 
(Fritz Lang, 1931)

Diante do olhar aterrorizante do assassino Hans Beckert e com melodias que fizeram jus as cenas; M - o vampiro de Dusseldorf (Fritz Lang, 1931) rompe com algumas convenções ao ser produzido para o gênero de horror, com características melodramáticas e expressionistas da época. É justamente por isso que o gênero só pode ser identificado ao final.
A obra de Fritz Lang funciona como um documento por ser uma tomada do expressionismo alemão - estilo cinematográfico bastante comum na época - que se caracterizou pela distorção de cenário e outras técnicas, com a intenção de expressar a maneira com que os realizadores enxergavam o mundo. Lang faz uso da deformação de detalhes para impressionar os espectadores. No caso de M – o vampiro de Dusseldorf, a visão de uma sociedade amedrontada por um infanticida.
“O expressionismo já não vê, mas tem visões. Ou seja, a realidade não é mais contemplada segundo os dados dos sentidos, mas o homem consegue tão somente projetar visões subjetivas e interiorizantes do real”. (RUBINATO, Alfredo).
Fritz Lang era uma pessoa extremamente detalhista – destacando cenários e símbolos – capazes de ofuscar qualquer tipo de insatisfação através da beleza das cenas.
O expressionismo exemplificado pelo olhar de Hans criou um mundo só seu, ele que não se adaptou aos processos da realidade. A utilização do PPP (primeiríssimo plano), o zoom no seu semblante desesperador, a ausência do som no momento da perseguição do assassino; tudo isso enriqueceu a produção de uma grande obra que caracterizou a fase do expressionismo alemão.
 
Direção: Fritz Lang
Roteiro: Thea von Harbou, Fritz Lang
Ano de lançamento: 1931
Elenco: Peter Lorre, Gustaf Gründgens
Ellen Widmann, Inge Landgu
Otto Wernicke, Theodor Loos
Friedrich Gnab, Fritz Odemar
 

Uwe Boll - O carrasco cinematográfico

13-03-2010 15:44

Não vamos fazer algo clichê aqui. Escolher o diretor que todos conhecem, abrir a coluna, enxer a linguiça do cara e todos ficam felizes. Vamos explorar os primórdios diretores do cinema. E não necessariamente APENAS os bons, mas sim os péssimos, também. Os diretores ousados, visionário, insanos, entre tantos outros.


Decidi começar com o pé esquerdo, falando do pior cineasta de todos: Uwe Boll.

Com certeza você ja deve ter visto o trabalho desse cara alguma vez. Ele fez o favor de estragar várias imagens de jogos. Exemplos: Alone in the dark, Blood Rayne, House of the dead.

Vamos falar um pouco de sua direção. Usa a câmera como brinquedo; parece uma criança, brincando de transformar jogos em filmes. Não consegue! Não faz nenhum esforço em ser leal à história dos jogos, e ser original, parece uma meta longe de ser conquistada por Boll.

Mesmo quando não esta projetando um jogo nas telonas, Uwe Boll esta "fodendo" algo, em nível (não)cinematografico. Além de diretor, se aventura nas bandas de produtor e roteirista.

Em 2007, Boll escreveu, dirigiu e produziu o filme chamado Seed, um filme sobre um psicopata que sobrevive à cadeira elétrica três vezes. Mediante a uma lei de não sei de onde, o cara tem o direito de ser liberado pra sociedade novamente. E bla bla bla, o filme é péssimo. Esse e mais alguns de seus filmes, estão entre os piores filmes, segundo IMDB.

O que foi pior, e me deixou muito nervoso, foi ele ter comprado os direitos de Far Cry. Resultados?

 

Uwe Boll é, oficialmente, o pior cineasta de todos os tempos!

Exército do Exterminio (2010)

12-03-2010 23:46
 
The Crazies é um remake de "O Exercito do Exterminio" de 1973, de George A. Romero.
O Filme conta a história de uma cidade onde seus habitantes se tornam insanos com desejo de matar depois que um acidente de avião espalha uma arma química no local.
E apesar de ser considerado um thriller de terror, ou um terror/drama, ou um Ação/Drama/Horror/Sci-Fi/Thriller; de terror mesmo ele não tem nada.
Não é porque tem mortes no filme que ele vai ser considerado de terror, ou porque os assassinos parecem um pouco com mortos vivos; lógico que o tema é de um filme de terror, mas o filme não foi feito assim...

O Original (1973)

The Crazies acho que foi o filme que mais esperei este ano, e de não aguentar esperar, fui assistir o original, mas me decepcionei, mesmo no trailer fica claro que não é terror, está mais pra ação, e o filme foi assim mesmo.
O Foco se dá nos militares, logo no começo eles chegam na cidade, explicam o ocorrido e vão tomando controle da situação, o outro lado são os não infectados que resistem à prisão e fogem, as vezes aparece algum infectado e rola uma "briga", o filme é todo assim, tem tiroteios frequentes, muita conversa e um certo drama, sem falar que no original os infectados não viram assassinos doentes, viram apenas malucos agressivos, eu achei bem fraco e não tem nada de terror.
Confira aqui o trailer do original.

O Remake (2010)

O melhor é que não é um "remake" exato, eles só se basearam na história do Romero, tem algumas cenas que lembram o primeiro filme, mas no geral é bem diferente.
A melhor mudança é que o foco agora está nos sobreviventes e nos infectados, o remake possui um certo suspense em várias cenas, não chega a ser aquele suspense que te prende cena a cena, mas é interessante. O gênero do filme permanece o mesmo, continua sendo um Ação/Drama com nada de terror, então se você espera ver um filme de terror, vai se desapontar, mas se gosta de um filme com uma certa Ação, toques de Suspense e Drama constante, veja no cinema, o filme tem ótimos efeitos.

Do primeiro para esse agora, muita coisa melhorou, porém ainda não é o que o filme deveria ser, essa história do Romero daria um grande Terror/Suspense, mas preferem focar na ação e no drama... quem sabe um próximo remake consiga levar o filme para o genero que ele merece estar. Para os que aguardam a estréia de The Crazies no Brasil, já aviso que não é isso tudo o que esperam, acredito que muitos vão se decepcionar, não pensem que o filme é ruim, só não é tudo o que poderia ser, mas vale a pena conferir.

Confira neste link seis clipes, dois comerciais de TV e um making-of em três partes
 
 
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