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Kiwi

03-03-2010 14:06
 

Esses dias, conversando com o meu amigo @liko, ele me passou um curta chamado "Kiwi". Logo que eu dei play no curta, senti um impulso negativo com o aspecto da animação. Era um passarinho amarelo, sem asas, que puxava alguma coisa colina acima.

Quando o curta terminou, eu pensei "Whatafuck?". Realmente me surpreendi. Quem disse que coisas simples não podem ter efeitos grandiosos?

O curta só tem 3 minutos e gira em torno desse passarinho, que até chegar no final, ninguem sabe o que ele esta tentando fazer. Os cenários não são tão bem elaborados e nem os detalhes, mas o que vale é a mensagem que o curta deixa.
 

Sherlock Jr.

02-03-2010 21:42
 

Com a proposta de relembrar o cinema das antigas, começo apresentando a vocês Buster Keaton, um dos diretores mais intrigantes de todos os tempos.
Numa temporada onde filmes em 3D tomam conta do cinema mundial, aquelas obras antigas que não tem cor e muito menos som, caem no esquecimento.
Com James Cameron as tecnologias cinematográficas foram revolucionadas e agora só ouvimos falar em Avatar. Mas garanto que aqui será diferente.

Sherlock Jr. (Buster Keaton, 1924) é um filme de apenas 44 minutos, mudo e p&b, nada disso capaz de ofuscar sua qualidade. Aspirante a detetive, um projecionista de cinema é acusado de roubar o relógio do pai de sua namorada. Triste, ele volta ao trabalho e adormece durante uma projeção. No seu sonho - fazendo um contraponto entre a realidade e ilusão - ele acaba entrando na tela do cinema no papel de um dos detetives mais famosos do mundo, Sherlock Jr.

Mesmo sendo o menor longa-metragem de Keaton, esse filme tem um ritmo alucinante, que aproveitando os dotes extras do cineasta, ele fez questão de executar as chamadas gags (corrida, fuga, queda, acrobacia), deixando o longa ainda mais divertido. O cinema cômico não tem hora ou lugar para ser produzido e Buster Keaton o fez com bastante eficácia, ao lado de grandes nomes como Charles Chaplin e Harold Lloyd.

Sem generalizar, mas as pessoas deveriam dar uma oportunidade aos filmes de outras décadas. Uma boa fonte de pesquisa sobre "o que assistir" é o livro "1001 filmes para ver antes de morrer" (Steven Jay Schneider), que faz um breve comentário sobre diversas obras de diferentes épocas. Uma boa dica para quem está a fim de fugir da explosão de clichês produzida por Hollywood.

"[...] a corrente do cinema flui mais rapidamente do que as outras, de que seus gostos se entredevoram, de que os clássicos são logo esquecidos, de que as inovações não tardam a envelhecer, de que a inspiração pode nos abandonar repentinamente." (Jean-Claude Carrière, A linguagem secreta do cinema, 1995).


Sherlock Jr. (1924)
Título Original: Sherlock Jr.
Gênero: comédia
Duração: 44 minutos
Ano de lançamento: 1924
Direção: Buster Keaton
Roteiro: Clyde Bruckman, Jean C. Havez
Produção: Joseph M. Schenck, Buster Keaton
Música: Myles Boisen, Sheldon Brown, Beth Custer, Steve Kirk, Nik Phelps
Fotografia: Byron Houck, Elgin Lessley
Elenco: Buster Keaton, Kathryn McGuire, Joe Keaton Erwin Conelly, Ward Crane

 

Educação (An Education, 2009)

01-03-2010 11:34
 

Título Original: An Education
Gênero: Drama
Duração: 95 min
Ano de lançamento: 2009
Direção: Lone Scherfig
Roteiro: Nick Hornby, baseado nas
memórias de Lynn Barber
Produção: Finola Dwyer e Amanda Posey
Música: Paul Englishby
Fotografia: John de Borman
Direção de arte: Ben Smith
Figurino: Odile Dicks-Mireaux
Edição: Barney Pilling
Efeitos especiais: Baseblack


César
Educação é um filme sobre escolhas e decisões importantes, que mostra a personagem principal, Carey Mulligan, em um dilema de proporções com picos diferentes, porém pretenciosos. As atuações maravilhosas tornam a atmosfera "bonitinha" do filme, em algo mais amplo. A fotografia é um atrativo natural (Foco nas cenas de Paris. Maravilhosas!).

Daniel Corrêa
“Educação” é um filme para se ver despretensiosamente. A trama começa boa, envolvente. Com uma estrela brilhando, a protagonista Carey Mulligan, que continua a brilhar por todo o filme, mesmo com o texto se tornando extremamente previsível. O filme não é um achado da 7° arte e nem um desperdício de tempo. É bom de assistir, se visto despretensiosamente.

Alex
De uma forma geral é um filme muito bom porque apesar de apresentar um roteiro completamente clichê onde você percebe o que está para acontecer, a forma como tudo foi contado, o desenvolvimento dos personagens no drama, ficou muito perfeito, e por isso se torna um filme bem gostoso de se ver. Além da Carey Mulligan ter representado seu personagem muito belamente.
Educação é um filme bem simples e mostra que um filme bom não depende da historia mas de como esta é contada.

Denise
Indicado a três Oscar incluindo o de melhor filme, “Educação” não inova e se perde com um final bastante clichê. Não é de se espantar que numa premiação que agora conta com 10 indicados, este esteja no meio.
A diretora Lone Scherfig transporta uma história que estamos acostumados a ver para a década de 60. Uma garota de 17 anos, interpretada pela bela Carey Mulligan, descobre que a vida é muito mais do que fazer planos para um futuro profissional.
O filme é conduzido de uma maneira muito leve, com atuações radiantes, como no momento em que Jenny (Mulligan) e David (Peter Sarsgaard) se conhecem. A partir daí fica impossível não se identificar com a garota - madura demais para sua idade - que deixa de ser uma “school girl” para viver no glamour da excitante Paris.
“Educação” é cercado de humor e romantismo, e mostra que a principal lição de vida não se aprende nos livros. Com diálogos que souberam amarrar a trama, o filme se mostrou bastante maduro ao tratar de diversos “pontos de interrogações” que pulsam dentro da cabeça dos jovens. Por mais que o roteiro não seja inovador, a sutileza com que Lone criou as situações entre Jenny e David e até mesmo com o pai (Alfred Molina), que também é seduzido por ele, eleva a qualidade do filme, mesmo sem o tornar incrível.
Com uma fotografia esplêndida, Educação é lindo visualmente e só peca com um final completamente previsível. E por mais exagerada que seja sua indicação ao Oscar de melhor filme, se “Preciosa” está no meio, porque não Educação?


O Futuro do Terror no cinema

26-02-2010 01:49
 
Como hoje em dia terror de verdade está dificil de achar, vou considerar terror os que receberem essa classificação.
Como me surpreendi com a dificuldade em achar algum filme de terror realmente bom e atual, resolvi nesse primeiro post fazer uma análise sobre essa "decadência" do gênero... o que afinal está acontecendo com os filmes de terror? Parece que estão se perdendo no meio de tantos efeitos...


Um exemplo é Grotesque, filme Japonês que foi proibido no Reino Unido inclusive em DVD, devido ao teor de brutalidade e sadismo, é simplesmente um filme com uma historia minima, utilizada simplesmente para criar as cenas mais bizarras de tortura, mesmo que seja legal para alguns amantes do terror cenas com litros de sangue o que torna um filme bom é a historia, é o roteiro, o drama, sem isso não há filme.

Jogos Mortais já é um filme que além das "belissimas" cenas de tortura se tornou um ótimo filme de serial killer (em um futuro post especial sobre Jogos Mortais explicarei melhor o porque de "belissimas"), porém como a ganancia fala mais alto, é muito mais rentável produzir uma sequencia repleta de sangue a cada ano do que pensar em uma historia boa, chegando ao ponto de agora lançarem Jogos Mortais 7 em 3D!
Não que a tecnologia 3D seja ruim para o terror, mas vejamos o caso de Premonição 4 onde até o 3 mantinha uma historia coesa se baseando no primeiro, e agora simplesmente mudou o foco para as cenas de morte. Lógico que é legal ver o sangue espirrando bem em frente da sua cara e levar susto com objetos sendo arremessados na sua direção, porém isso não é Terror.

E agora nossa última salvação, trazendo o mestre do medo: Freddy Krueger, o remake de A Nightmare on Elm Street promete se utilizar dos efeitos para criar um terror de verdade, digno desse assassino (talvez o mais assustador de todos os tempos), porém só nos resta esperar pela sua estreia em 7 de maio, com a esperança de que o Terror ainda tenha um futuro, e não seja consumido pelos efeitos.

"O amor segundo não sei quem"

25-02-2010 00:24
 

 

"O amor segundo não sei quem". Foi assim que me referi ao novo longa do cineasta Beto Brant (O Invasor, Cão Sem Dono, Crime Delicado) para a menina do caixa do cinema.
Fui ver esse filme... numa quinta-feira. Na verdade uma toda especial, aquela após o carnaval: o dia mundial da ressaca.

E para fugir, não só da ressaca como da folia como um todo, muitos mas muitos mesmo passam os dias nos cinemas e estreiar nesses dias pode ser uma mina de ouro. Ou ser o momento para um filme com menos recursos conseguir um boca-a-boca bacana.
"O amor segundo B. Schienberg", novo longa do premiado diretor, estreiou na sexta-feira de carnaval. Porém (aqui no Rio) em uma sala e em um horário. Isso já falava algo sobre o filme. Não é um filme para todos assistirem.

Eu acredito muito na arte para todos e não só para uma casta. Porém, tenho que concordar. Este filme não é para todos. Ou seria?
Bem, o longa é sobre uma relação tumultuada entre um ator e uma video-artista - vertente da arte pouquissimo conhecida fora do meio - e entre eles e sua própria arte. Tudo isso baseado no personagem Benjamim Schianberg do livro "Eu receberia as piores noticias dos seus lindos lábios", de Marçal Aquino.

É um filme com muitas referências a arte e bem conceitual. Esse é o lado no qual concordo que o filme é para poucos. Poucos teriam saco de assistir.
Mas onde reside a minha dúvida sobre se isso é realmente um problema? Não é um filme popular, certo. Concordo. Mas o filme mostra o processo de criação de uma videoarte. O que pode ser bacana par tentar levar isso a um publico maior. Além de que o filme foi feito de um modo muito natural, com equipamento bem simples. Você sente essa informalidade e acaba embarcando. Pois você sente que poderia estar vivendo aquilo. Além de que o amor existe em todos. Conceitualmente ou de modo explicito.

Segundo Beto Brant ou B. Schienberg, o amor é um jogo de acordos. Um acordo muito bem feito nesse filme, que tem ganhado vários prêmios em festivais. Ou um acordo silencioso entre eu e a menina da caixa, que entendeu o filme que queria ver.
 

 

Elevated (1997) - Vincenzo Natali

25-02-2010 00:02
 

 

Meu primeiro post, vai ser sobre um curta indicado pela minha colega de twitter @Geligirl, chamado Elevated, dirigido por Vincenzo Natali (Cubo)

O curta-metragem se passa em um elevador; A história se desenrola quando um guarda coberto de sangue entra frenéticamente no elevator, dizendo que criaturas estão matando pessoas no prédio. Desse momento em diante, o terror e a paranóia tomam conta da produção de Vincenzo.

Curta gravado posteriormente ao "Cubo", desde que o mesmo usou alguns elementos claustofóbicos idênticos.
Direção genial no curta; Roteiro um tanto simples, mas com uma idéia boa. Nos faz lembrar da época em que filmes de suspense conseguiam prender o telespectador na cadeira, e não só chocá-los com rios e rios de sangue e kilos de clichês.

O link para parte 1 e 2, pelo youtube.
Perdoem-me, mas o curta esta em inglês com legenda espanhol. Mas da pra entender, não reclamem  rs.

 

 

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